Sobre este livro tenho coisas boas e menos boas a referir. Irei começar pelas menos boas mas, antes de o fazer, vou apenas referir o seguinte: tenho uma pequena lista de autores portugueses e estrangeiros de cujos livros gosto muito e que decidi "seguir". Por "seguir" quero dizer ler todos os livros desse autor e comprar cada livro novo que esse autor escreva (desta maneira estou a ajudar a obra desse escritor). Domingos Amaral consta dessa lista.
Vamos então às coisas menos boas acerca de Verão Quente: as duas personagens Redonda e Julieta parecem-me algo forçadas no relacionamento que mantêm com o narrador da história envolvendo-se, ora uma ora outra, com o mesmo. Parece-me até mesmo inverosímil o próprio envolvimento, pelo menos da maneira como é descrito no livro. Esta é a única coisa menos boa que tenho a referir.
Depois vêm os pontos fortes que, felizmente, são bem mais numerosos. O enredo de Verão Quente acontece num contexto histórico bastante peculiar da História recente de Portugal, como foi o período do pós-25 de abril, o que nos permite conhecer bem melhor o contexto social e político dessa altura.
A ação desenrola-se permanentemente ao longo do livro, não há capítulos "mortos" que se considere desnecessários. De facto, a história começa, vai-se desenrolando até ao fim e apenas no final ficamos a saber tudo. E não, o assassino não foi o mordomo!
Por último, o enredo sofre várias voltas e reviravoltas. Começamos por ser levados a pensar num determinado desfecho, depois noutro, mas logo mais à frente voltamos ao ponto inicial sendo que, por último, acabamos num final inesperado que não deixa de nos surpreender.
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