Uma das coisas que mais gosto na prática da leitura é que o
livro nos obriga a parar, ou pelo menos obriga-nos a abrandar.
Vivemos num mundo de correria, sempre com imensos afazeres,
responsabilidades e compromissos assumidos aos quais temos de corresponder.
Hoje, resultado das novas tecnologias, é possível desempenharmos inúmeras
tarefas em inúmeros contextos. A nossa atenção é solicitada presencialmente,
por telefone, pelas redes sociais, por uma infinidade de coisas, de facto.
Estamos em demanda constante.
Mas, quando lemos somos obrigados a sossegar, pois não é
possível ler um livro a correr. Pelo menos, não é possível ler um livro como deve ser a correr. Quando digo ler
um livro como deve ser quero dizer ler e saborear o que se lê. É como uma
deliciosa refeição que ingerimos a correr sem a degustarmos devidamente. É
quase um crime fazermos isso! Também assim é com um bom livro.
Ler obriga-nos a parar, obriga-nos a abrandar, a sossegar e
a ouvir a história.
Para mim chega a ser relaxante e terapêutico sentar-me na
mesa de um café com um livro e simplesmente relaxar sossegadamente na
leitura.
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