quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Ler, mas não a correr


Uma das coisas que mais gosto na prática da leitura é que o livro nos obriga a parar, ou pelo menos obriga-nos a abrandar.

Vivemos num mundo de correria, sempre com imensos afazeres, responsabilidades e compromissos assumidos aos quais temos de corresponder. Hoje, resultado das novas tecnologias, é possível desempenharmos inúmeras tarefas em inúmeros contextos. A nossa atenção é solicitada presencialmente, por telefone, pelas redes sociais, por uma infinidade de coisas, de facto. Estamos em demanda constante.

Mas, quando lemos somos obrigados a sossegar, pois não é possível ler um livro a correr. Pelo menos, não é possível ler um livro como deve ser a correr. Quando digo ler um livro como deve ser quero dizer ler e saborear o que se lê. É como uma deliciosa refeição que ingerimos a correr sem a degustarmos devidamente. É quase um crime fazermos isso! Também assim é com um bom livro.

Ler obriga-nos a parar, obriga-nos a abrandar, a sossegar e a ouvir a história.

Para mim chega a ser relaxante e terapêutico sentar-me na mesa de um café com um livro e simplesmente relaxar sossegadamente na leitura.

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