domingo, 3 de janeiro de 2016

São Silvestre de Lisboa 2015


No passado dia 26 de dezembro realizou-se em Lisboa a corrida de São Silvestre 2015 promovida pelo El Corte Inglês. A prova já vai na 8ª edição e os 10 km são corridos pelas ruas da capital num ambiente festivo alinhado com a própria época do ano.

Desde 2013 que participo nesta corrida e este ano também não quis deixar de participar, até porque tinha uma grande expetativa pessoal em relação à prova pelos treinos que tenho andado a fazer. Tenho feito treinos de Fartlek desde há uns tempos a esta parte e já tenho visto alguns resultados.

Em setembro, na Corrida do Tejo, fiz os 10 km em 50'05'' e esse foi o meu melhor tempo nos 10 km até essa altura. Já no inicio de dezembro, na Corrida Vida por Vida em Lagos, corri os 10 km em 48'46'' e esse passou a ser o meu melhor tempo nos 10 km. Agora, na São Silvestre como é que me ia sair? Será que ia conseguir melhorar o meu tempo? Conseguiria mais uma vez correr os 10 km em menos de 50 minutos? Estava confiante que era capaz mas não queria colocar as expetativas muito altas.

Um dos problemas desta prova, para quem quer bater o seu recorde pessoal, é o número de participantes - este ano estavam inscritas 12 mil pessoas. Torna-se dificil correr com espaço, sem quase tocarmos em alguém, logo que o percurso começa a afunilar na Praça D. Pedro V. Mas para ultrapassar esta situação eu tinha a minha própria estratégia.

A partida iria ocorrer em várias vagas. A primeira vaga seria composta pela elite feminina, depois a elite masculina juntamente com os sub-50 (corredores que comprovadamente correm os 10 km em menos de 50 minutos), depois os sub-60 (onde estava eu), e por último os restantes corredores.

Assim, qual a minha estratégia? No meu bloco de partida, ficar logo na frente. E assim foi. Mal os blocos de partida abriram, eu entrei para o bloco sub-60 e aguardei. Quando chegou a minha partida todos os corredores que tinham partido antes de mim já iam bem na frente e, como tal, não haviam corredores mais lentos à minha frente que me impedissem de correr à vontade.

Logo ao partir pude verificar que a minha estratégia não podia ter sido mais acertada - corri sem impedimentos, sem pisar os calcanhares de ninguém, sem mudanças de ritmo para não abalroar ninguém e tenho consciência de que também não estorvei a corrida de ninguém.

Assim, do inicio ao fim corri a um ritmo praticamente constante. De facto, corri o 1º km ao ritmo de 4'46'' que foi precisamente a minha média final - 4'46''/km.

Tal como já tinha feito na Corrida do Tejo, voltei o relógio para baixo e não lhe pus a vista em cima até terminar a corrida. Não queria ser influenciado pelo que o relógio indicava, apenas pelos sinais que o meu corpo ia dando.

Durante todo o percurso (sempre plano) tinha a consciência que tudo estava a correr e muito provavelmente ia conseguir superar-me. No entanto, a parte mais difícil da prova é a parte final em que temos de subir a Avenida da Liberdade até à rotunda do Marquês.

Por volta do km 7,5 começamos a subir e procurei manter uma boa postura a correr: cabeça levantada, olhar em frente, passada um pouco mais curta e rápida, braços soltos a ajudar todo o balanço do corpo em frente. E depois de muito subir e quase amaldiçoar o Marquês de Pombal por ter arquitetado uma avenida tão comprida, lá chegamos à famosa rotunda para corrermos pouco mais de 1 km sempre a descer. Aí foi soltar a passada e dar tudo até à meta.

Mais tarde quando consultei os detalhes da prova gravados pelo meu relógio, foi com muito agrado que verifiquei que corri o km até à rotunda do Marquês em 5'15'' e corri o ultimo km (sempre a descer) em 4'20''. Isto é, a média por km dos 2 últimos kms foi muito idêntica à média final da prova que, como referi, foi de 4'46''/km.

Em suma, fiz a minha melhor marca aos 10 kms e cheguei ao fim muito satisfeito comigo mesmo.

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